Mulheres são cerca de 30% dos titulares dos serviços extrajudiciais do Estado de Goiás

| | 8 de março de 2018


Ao pensar em titular de um Tabelionato de Notas ou de Registro de Imóveis, provavelmente você pensará em uma imagem masculina, certo? Apesar do imaginário coletivo ter a figura masculina como titular dos serviços extrajudiciais, mulheres são pouco mais de 200 entre os 676 delegatários no Estado de Goiás. Em decorrência do Dia Internacional da Mulher, a Drª Monique Ribeiro, titular do Registro de Imóveis e Tabelionato de Notas de Pirenópolis, narrou um pouco da sua trajetória desde 2005, quando começou a se preparar para concursos na área, e relatou as dificuldades e expectativas.

Após quatro anos de estudos e algumas aprovações, a Registradora assumiu uma serventia pela primeira vez em 2009, o Tabelionato de Protesto de Ortigueira, no Paraná. No ano seguinte, Drª Monique Ribeiro assumiu outro Tabelionato de Notas e Protestos no Estado de Santa Catariana, em uma cidade chamada Mafra. Desde 2014, ela é titular do Registro de Imóveis e Tabelionato de Notas de Pirenópolis e conta com orgulho as conquistas acumuladas até hoje na carreira.

“Todas as serventias que assumi, eu fui a revolução (Risos). Informatizei 3 cartórios, apliquei uma gestão mais humana e eficiente para a sociedade. A entrada de profissionais dispostos a dar o seu melhor e com a visão voltada para o bem estar do usuário faz toda a diferença. Esse é o espírito que sinto dos novos concursados de Goiás. É o avanço que a sociedade buscava e esperava de um serviço importantíssimo e que não é barato. Logo, no mínimo, tem que ser eficiente”, ressalta.

Entretanto todo êxito de seu trabalho não veio sem uma certa resistência pelo fato de ser nova na atividade e ainda mulher, além das dificuldades próprias de implementar mudanças na gestão da serventia que assumiu. “Essa situação veio ao meu favor, porque apesar de se assustarem ao ver uma mulher jovem à frente da serventia, os preconceitos iam embora quando percebiam que havia de mim a vontade de ajudá-los, de prestar o serviço da melhor forma possível”, explica.

Apesar delas comporem cerca de 30% dos Notários e Registradores do Estado, a Drª Monique acredita que mulheres estão tomando seu espaço e aguarda novos concursos na área. “Hoje elas já são a maioria de aprovadas em todos os concursos, não será diferente na categoria. Espero que saia logo esse concurso e entrem muitas mulheres para equilibrar a balança da igualdade e que em um cartório se observe a qualidade do serviço e não o sexo do titular”, almeja.

 

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